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Message in a bottle: março 2005

quinta-feira, março 31, 2005

As palavras que nunca te direi...

Neste preciso momento, que estou a transbordar de sentimentos e emoções confusas, acabei de me aperceber que toda a minha vida tem sido regida exactamente pela história do livro e filme que deram nome a este blog... Quem nunca viu pelo menos o filme, não sabe o que perde, nem sabe o que sinto... Há muita nuance, muita coisa subtil que apenas alguns entendem... Se calhar porque são demasiado profundas, se calhar porque são demasiado complexas para algumas mentes simplistas perceberem. Se calhar sou eu que as crio e elas não existem. Mas para mim são bem reais, tão reais que tenho vivido com muitas regras criadas a partir daquela história. Para alguns, talvez até para mim, nunca existiu aquele momento em que tudo era demasiado tarde. Contudo, toda a minha vida, mesmo sem sequer sonhar que aquela história existia em forma de livro ou filme, sempre me regi pelo facto de que nunca quereria saber, sentir na alma, o que era ter chegado tarde demais, ter decidido tarde demais, ter adiado até ao ponto de já nada fazer sentido, e assim, tenho tentado que todas as noites que encosto a cabeça na almofada, nunca me fique a dúvida de "e se"... Aliás, tenho feito disso a minha tão grande e secreta cruzada pessoal... a de nunca ficar a pensar como teria sido se, o que teria acontecido, com quem, onde, e tudo mais que poderia ser incógnito. Acho mesmo que a preocupação é a de nesta vida tão curta, nunca sentir que poderia ter tido mais, poderia ter conseguido algo que a mim me era destinado, poderia ter dado a alguém algo que lhe era devido, e não o fiz, e com isso, alterei todo um destino, o meu, o de outros, o de outros... E isso sim seria uma responsabilidade demasiado grande para carregar eternamente, saber que poderia ter vivido mais do que vivi, saber que poderia ter sentido mais do que senti, e que tudo esteve ali para mim, e que não soube eu aproveitar. Isso sim seria gozar com o universo, com todos os que querem e não têm...

segunda-feira, março 28, 2005

Lost kisses

Hummm tinha um texto um pouco maior para por aqui, algo que escrevi ontem, na agitação do meu dia de Páscoa, passado em casa a dormir... Mas a porcaria da disquete não abre (sim, porque ainda não foram instalar a net em casa grrrrrrrr) e não consigo abrir o documento... Enfim...
Mas fica uma frase, tirada da letra de uma música que ouvi sábado à noite. A minha vida está cheia destas pequenas coincidências... Era algo parecido com isto: "...pena que todos os beijos que te dei ao luar, se tenham perdido na luz do dia...". Palavras para quê...

quinta-feira, março 03, 2005

Portugal nosso...

Há alguns dias atrás, por motivos de força maior, tive de deslocar-me com familiares a um local de atendimento público, local médico, com uma sala de espera, com gabinetes médicos, salas de tratamento, pessoas num estado de saúde um pouco dificil, pessoas num estado emocional fragilizado, enfim, o normal... Quando lá cheguei, já lá estavam muitas pessoas, mas mesmo assim havia lugar para sentar. E sentei-me, com a minha irmã, à espera... E aqui começou a saga... Ohpá, eu sei que eu estava stressado, irritável, pouco paciente, enfim, tudo mais, mas as pessoas abusam da boa vontade dos outros. Mais ainda, sendo aquele local o que é, as pessoas deviam aperceber-se que há quem lá esteja nas mesmas condições que eu, e que provavelmente lhes apetecia fazer o mesmo que eu, apenas não têm lata para fazê-lo... Então estava eu pensativo, quando começa o vizinho da 5ª cadeira a contar da esquerda, na fila da parede, com o telemovel a tocar e tal, num volume tal, e com um daqueles toques irritantes! E como ele não via bem, tirava-o do bolso, e ficava a olhar po ecrã a ver se reconhecia o numero. Como não devia saber quem era (todas as vezes!!), passava o tele à filha, 2 cadeiras ao lado, para ver ela se reconhecia o numero (cheguei a pensar que é daquele tipo de familias com um telemovel para todos... seria?). Ela como não reconhecia, voltava a passar ao pai, que acabava por atender a dita chamada. Ora, uma vez foi aborrecido, dado que todos os que estavamos na sala, tinhamos de tar ali a ouvir o tele tocar. Da segunda e da terceira, também irritou, mas à quarta vez passei-me. E tipo, olhei para o homem e disse: "Importa-se de tirar o som do telemovel? Está a incomodar as pessoas que cá estão. Se quer falar ou deixar o som ligado vá para a rua por favor!". Bem, o homem deu-me um olhar daqueles... mas envergonhado, porque toda a gente olhou para ele, lá o desligou. Ok, então civismo ganha por 1 - 0 . Nem 5 minutos passou, começo eu a reparar no material de leitura do pessoal que lá estava e que ia chegando... No top five, tinhamos o Record, A Bola, a Caras, VIP e a maravilhosa TV 7 dias... E como aquelas pessoas devoravam aquela imagem dos golos, as fofocas das tias e as bixices do Castelo Branco... Tipo, ninguém lê um livro, daqueles que anda sempre dentro da mala para se ir lendo no comboio, no almoço, nos 5 minutos de espera na fila do supermercado? Já ouviram falar da Visão, da Focus, etc etc etc? Enfim... A porta da rua abre-se, e entram duas vizinhas a falar quase mais alto que o toque do telemovel do freguês da 5ª cadeira... Aprantam-se muito bem aprantadas, e a conversa continua... "Mas ele era bombeiro, antes de largar a outra... agora é que esta o sustenta... bla bla bla bla bla" Bemmmm, malta, os meus neurónios deram 322 voltas aos occipitais em menos de 10 segundos... Ohpá! Mas o que é que eu tenho a ver com isso meu?? E com a mesma velocidade que pensei, com a mesma pressa me saiu pela boca fora: "Olhe, desculpe lá, mas, nós NÃO PRECISAMOS saber isso!!" Bemmm, o que eu fui dizer!! Passei a ser o inimigo público number one naquela sala, porque, vamos lá a ver, não só elas estavam a adorar a conversa, já que se tratava da vida dos outros, mas também o resto da plateia, Portuguesa que era, queria mesmo saber quem tinha posto os cornos a quem!! E asssim, estavam criadas as condições para a minha irmã, agarrar em mim pelo braço e discretamente puxar-me para fora da sala, a ver se eu não fazia mais danos gravas naquele espaço... E pronto, cá fica o meu breve relato de um dia Portuguesíssimo... Em directo de casa, AlinghiBoy para o seu blog :)

terça-feira, março 01, 2005

Just to say...

Olá, não me apetece escrever muito, mas apetece-me dizer que apesar de eu estar um pouco triste, está um dia lindo. Que a primavera venha depressa para encher os nossos dias de côr, sol e sentimentos lindos...